Abiquim defende as prioridades brasileiras na elaboração pelo ICCA da agenda de comércio internacional do setor químico para 2020

No 25º dia de outubro de 2019, em Helsinque, Finlândia, ocorreu o encontro anual do Trade Policy Network Group (TPNG), uma iniciativa do International Council of Chemicals Associations (ICCA). Este evento reúne representantes de associações da indústria química global, discutindo estratégias de comércio internacional para o setor e enfatizando sua importância para o crescimento econômico sustentável. A reunião foca em como tais estratégias afetam tanto as maiores economias do mundo quanto os países em desenvolvimento.

Sob a liderança de Lisa Schroeter, diretora global de comércio da Dow Química, o encontro contou com a presença de membros da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), incluindo seu presidente do Conselho Diretor, Marcos De Marchi, e o gerente de Assuntos de Comércio Exterior, Eder da Silva, que é participante do TPNG desde 2014.

Durante o evento, Eder da Silva defendeu uma visão brasileira de um sistema de comércio multilateral robusto e eficaz, com reformas institucionais para assegurar a funcionalidade de mecanismos de resolução de disputas e a formulação de normativas globais para enfrentar desafios comerciais contemporâneos, incluindo comércio eletrônico e proteção de investimentos. Ele enfatizou a necessidade de o ICCA, em sua reunião ministerial na OMC de 2020, promover uma integração comercial global estratégica e focada em práticas comerciais justas e equitativas.

Marcos De Marchi destacou a importância de estratégias voltadas para o suporte de pequenas e médias empresas (PMEs), fundamentais para a indústria química brasileira e de outros países em desenvolvimento. Ele mencionou que muitas dessas empresas têm sido forçadas a deixar mercados significativos devido a barreiras econômicas, como os altos custos do cumprimento do regulamento REACH na Europa e outras exigências de controle de comércio.

Além disso, ambos destacaram o compromisso da Abiquim em advogar por uma política comercial responsável no Brasil, que dialogue com todos os setores da economia e seja fundamentada em estudos de impacto econômico e regulatório. Eles ressaltaram a necessidade de uma revisão da estrutura tarifária alinhada às reformas econômicas internas e medidas para aumentar a competitividade, como a nova política do mercado de gás e melhorias na logística.